Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2020

A colecionadora de destinos

  Mariam Zoghbi, ou simplesmente Mari, cultiva um amor por viajar sem igual. Há 5 anos ela começou sua jornada pelo descobrimento de novas rotas e virou uma verdadeira colecionadora de destinos. Quando estava terminando a graduação em Design, aos 25 anos, sentiu o desejo de conhecer o mundo primeira vez. Essa estreia com certeza foi muito marcante, afinal, a paulistana foi visitar a terra da rainha. A mudança de mente ocorreu após alguns acontecimentos: o cansaço do final da faculdade, a vontade de fazer algo novo e a indicação de uma agência de intercâmbio. Em apenas uma semana, fechou o pacote e voou para Londres.  Durante esse primeiro mês de viagem, conheceu muitos lugares, estudou um novo idioma e ainda deu uma passadinha por Paris. Mas Londres tinha tantos destinos a conhecer, que a colecionadora voltou triste para casa, e depois de poucos meses resolveu se preparar novamente para visitar o continente europeu. E não é que esse retorno durou mais tempo?  Lá se foram 9 meses (6 del

Uma carta de adeus

Hoje faz exatos seis dias que você foi embora. Você esteve presente em mais da metade da minha vida, foi o melhor presente de aniversário atrasado que já ganhei, foi meu melhor amigo e meu companheiro durante 17 anos. Com certeza não estava nem perto de te dizer adeus, mas você estava pronto para partir. Escrever essa carta de adeus é o mínimo que posso fazer para relembrar todos os nossos momentos especiais. É claro que você nunca vai ouvi-la, mas escrevê-la parece ser uma obrigação, para deixar registrada para sempre toda a nossa história. Eu lembro que tive duas cachorras e fui mordida por outra antes de você nascer. As duas que moravam na minha casa eram boazinhas, mas nunca pareceu, pelo menos para mim, que eram parte da minha vida. Acho que elas fizeram com que eu gostasse de animais de estimação. A terceira, que passou poucos dias na minha casa, e me mordeu quando eu tinha apenas sete anos, com certeza me traumatizou e trouxe pesadelos por muitos anos. Achei realmente que não co

Histórias da pandemia: Como 3 brasileiras estão enfrentando o distanciamento social

     Em março as nossas vidas mudaram completamente. Quem diria em que um dia enfrentaríamos uma pandemia? Ou que teríamos que nos distanciar repentinamente por causa do coronavírus? Todo início de ano é cercado por muita expectativa e sonhos, e apesar de ser o terceiro mês, todos ainda estavam fazendo diversos planos para o restante do ano. Tudo foi interrompido bruscamente. Adaptação foi a palavra-chave usada durante muitas semanas, principalmente nos meios de comunicação.            Nosso cérebro foi feito para se adaptar a situações diferentes, mas ele também ama uma rotina, gosta de ter conforto e interage muito bem com atividades simples e fáceis.     A psicóloga e neuropsicóloga Renata Sarmet conta um pouco sobre o comportamento do cérebro e de como ele foi impactado pela pandemia.“Quando a gente chegou nesse momento, que é algo que não temos controle, nos vimos dentro de casa, passando muito tempo com a família, que antes estava acostumada a ver a gente na rua, com tudo isso

Adoção Tardia: Conheça as histórias das famílias criadas a partir deste ato de amor

          Há exatos 12 meses, dei início a essa matéria sobre adoção. O tema sempre me chamou a atenção por ser algo complexo, cheio de mitos, preconceitos e curiosidades envolvendo pessoas, famílias, crianças e lares. Com o objetivo de trazer luz à temática, passei a procurar fontes que pudessem falar um pouco sobre o tema.           No dicionário, a palavra “adoção” significa “aceitação espontânea de pessoa como parte integrante da vida de uma família, de uma casa”. Essa premissa realmente não poderia ser mais verdadeira. No período em que realizei as entrevistas pude conhecer de perto a realidade das famílias que adotaram e das crianças que foram adotadas, além ver a realidade das outras pessoas envolvidas com projetos de adoção. Com elas aprendi que adotar é muito mais que um simples ato corriqueiro, é um ato de amor, de aceitar e ser aceito, e assim criar ou fazer uma família crescer.             No Brasil, o número de crianças que estão na fila para serem adotadas chega a 5 mil.