A escolha de ser missionária -
uma atividade voluntaria de falar de mensagens da bíblia e converter indivíduos
ao cristianismo - aconteceu com Marcela Siqueira há quase quatro anos, quando
ela chegava à maioridade. A jovem conheceu a ONG chamada
International Youth Fellowship (ou Comunhão Internacional de Jovens, em
português) em 2009, durante a sua participação no Acampamento Mundial no
Paraguai. Porém, o interesse de virar missionária temporária surgiu no final de 2011.
“Na verdade, ganhei esse sonho
quando fui à Argentina com a ONG, que foi a primeira vez que eu tive contato
com esses voluntários vindos da Coreia do Sul. Vendo a vida deles, que deixaram
seus países, suas vidas confortáveis durante 10 meses para servir os outros, e
vendo como os corações deles foram transformados nessa jornada, acabei ganhando
esse sonho de ser uma missionária temporária também”.
A organização não-governamental
surgiu em 1995 por líderes cristãos que reconheceram os problemas que a
juventude estava passando e, por isso, decidiram formar jovens missionários
para que pudessem compartilhar suas experiências e superar os desafios com
outras pessoas da mesma idade e de diversas partes do mundo. Além disso, esses voluntários
Para atingir os jovens, a ONG,
presente em mais de 80 países, tem diversos programas. Entre eles há o já
citado Acampamento Mundial, que acontece uma vez ao ano, tem duração de quatro
dias e tem como principais atividades as palestras de inteligência emocional,
performances culturais, apresentação do coral Gracias e do grupo de dança
Righteors Stars.
Além disso, o evento oferece
academias que dão aula de culinária, fotografia, artes marciais, reuniões de
comunhão e aconselhamento, onde as pessoas se conhecem e trocam experiências.
Os participantes também podem fazem caça ao tesouro e mini maratonas de 5
quilômetros.
Outro programa da organização é o
Good News Corps, do qual Marcela faz parte, e que hoje já conta com 500 jovens
espalhados por todos os continentes. O lema do grupo é o de trocar a juventude
pelos corações dos outros. Os jovens que tem interesse por serem voluntários
são treinados em oficinas e acampamentos de inglês.

A missionária trabalhou durante
um ano para conseguir o dinheiro suficiente para os gastos da viagem. Nesse
período de missão, ela já fez de tudo de um pouco: ajudou na cozinha da escola
que serve de sede para os missionários, trabalhou no escritório, divulgou os
eventos e seminários bíblicos da ONG, participou do coral, organizou uma
exposição cultural, serviu nos cultos de madrugada e fez estudos bíblicos em
faculdades.
Nesse tempo, Marcela viu que as
pessoas são iguais por dentro mesmo sendo de outro continente. “A experiência
que eu estou tendo aqui é de conhecer a mim mesma, e eu sou uma pessoa bem pior
do eu imaginava. Sou preguiçosa e não quero ficar pensando nos outros, mas
vivendo com outras pessoas automaticamente tenho que fazer as coisa gostando ou
não. E assim, sendo ‘puxada’ pela palavra de Deus, não tem como não fluir
junto. [...] Viver superando os limites
é sempre uma aventura. E esse tipo trabalho é algo que dá sentido à
vida”.
Nesse tempo
na Coreia do Sul, ela sente mais falta dos pais e dos amigos brasileiros, mas
diz que quando estiver aqui sentirá falta dos seus novos amigos coreanos.
Marcela também diz que gostaria que o mundo fosse em um só lugar, em que todos
que ela ama pudessem estar juntos. Ao final de sua missão em março, a jovem
missionária quer “testemunhar a felicidade que encontra a cada dia desde que
encontrou o verdadeiro evangelho”, que a faz superar limites.
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