Escolha da profissão? Jornalismo

Às vezes - na verdade, muitas e muitas vezes - eu me perguntei por que eu tinha que escolher você. Você me faz sentir mal, mas eu me lembro do porquê me apaixonei.

Você é intrigante, emocionante, divertido, revela o melhor das pessoas. E também me lembro de quando e qual foi o motivo desse amor começar. Eu amo contar histórias, amo mostrar o melhor que existe em cada um para os outros, mostrar novidade e informações sobre temas desconhecidos. Além de ter a oportunidade de contar que o mundo é cheio de emoção, vida, arte e tudo de bom, de coisas lindas que merecem ser contadas.

Muitas vezes se torna difícil lutar por você. As portas se fecham, e tornam o caminho mais complicado. Eu tento, persisto, espero, tento de novo, e de novo, mas nunca se torna mais fácil essa caminhada. Mas me lembro de tudo o que já passei e imagino que vai valer a pena, que nenhum esforço é à toa.

A escolha dessa profissão aconteceu bem cedo, logo na 3ª série, no auge dos meus 9 anos. Mesmo sem saber de nada sobre jornalismo, uma coisa eu sabia: eu adorava entrevistar pessoas. Tanto que gastava meus intervalos da aula para conversar com meus colegas no pátio da escola. No começo, meu próprio punho era o meu microfone, mas não tinha graça assim. Foi aí que decidi fazer meu próprio microfone de papelão e papel.

Depois me apaixonei pela arte de escrever, ler, falar em público. Aprendi, com uma certa dificuldade, a ouvir muito mais do que falar e contar histórias.

Quando cresci - mas não muito, com uns 13 anos - já havia decidido que eu realmente queria ser jornalista e onde queria estudar, em uma das melhores faculdades da área. Persisti por 3 anos seguidos, mas não consegui conquistar a bolsa para estudar, já que a mensalidade era muito cara. Durante esse tempo de tentativas, continuava estudando, mas não na área que gostava. Por isso ficava frustrada, mas o sonho continuava na minha mente.

Com 20 anos, já havia me conformado de não estudar onde e nem o curso que eu queria. Foi quando descobri que havia conseguido uma bolsa do Prouni, não na universidade, mas no curso dos meus sonhos.

Já se passaram quase 4 anos de lutas, provas, trabalhos, estresse, falta de descanso, fome... mas foram tempos em que eu pude me realizar. Fui repórter, editora, pauteira, câmera, operadora de teleprompter, produtora…

Enfim, estou quase terminando a primeira etapa da minha jornada: me formar. E sim, sei que ainda faltam etapas difíceis, mas vou me esforçar para terminar da melhor forma possível. Porque sei que tudo o que se faz com amor e determinação, termina bem.

Amor de verdade não se apaga, só se fortalece. A gente briga, mas a gente se entende, jornalismo.